Quanto estudei na faculdade, aprendi a “bíblia” dos 3R’s – Reduzir, Reutilizar, Reciclar. Mais tarde a docente da cadeira de Resíduos apresentou-nos o 4º R – Recuperar (na altura, era exemplo a energia criada com a incineração de resíduos [estávamos no inicio do funcionamento da Incineradora da Valorsul, situada em S. João da Talha]).
Recentemente deparei-me (com alguma surpresa, confesso, pois sempre me considerei estar bem informada sobre políticas ambientais) com os 7 R’s:
- Repensar (será que precisamos mesmo daquele objecto?)
- Reduzir (o consumo, as embalagens, o desperdício)
- Reutilizar (o objecto para outro fim)
- Reaproveitar (reparar o objecto danificado antes de o eliminar)
- Reciclar (separar os resíduos e encaminhar para reciclagem)
- Recusar (embalagens, objectos desnecessários)
- Recuperar (valorização térmica, compostagem de resíduos orgânicos)
Parece-me que esta política dos 7R’s vem do Brasil, pelo menos não encontro referências em sites portugueses. E a própria definição de cada R surge com designações diferentes e com alguma confusão entre termos.
No entanto, alguns parecem-me essenciais: para além do Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Recusar e Reparar deveriam estar na base!
Maslow, com a sua pirâmide de necessidades (Teoria das Necessidades Humanas), tinha tudo muito bem pensado… no entanto, a nossa sociedade baseia-se no consumo, no descartável, no fugaz... invertendo a pirâmide!
O importante é parecer e ter (quantos de nós não conhecemos o exemplo de X, Y, e Z que passam fome mas compram o telemóvel topo de gama que acaba de ser lançado?), logo as prioridades passam a ser a "Auto Realização", a "Estima" (apesar de as necessidades fisiológicas serem sempre a base, parece-me que começam a ser encaradas de forma secundária, em especial nas sociedades ditas desenvolvidas, em que à partida estão minimamente asseguradas).